A esposa desiquilibrada
- Suzy Vieira
- 6 de out. de 2024
- 4 min de leitura
Uma mulher faz contato pergunto como é o meu atendimento, diz que vai conversar com o marido e depois me retorna.
Após uns 15 minutos a mulher me retorna e resolve agendar.
Era um casal de Piracicaba, eu explico a localidade do motel e fico no aguardo.
O casal entra no motel e pega a suíte oriental.
Eu chego em seguida.
Era um casal de meia idade, ele careca, nem bonito e nem feio, super sério.
Ela era super magrinha, tímida e receosa.
Já começa cheia de perguntas sobre a minha vida pessoal, as quais envolve família, sociedade, eu particularmente não gosto muito desse papo, principalmente no primeiro encontro. Vou percebendo a dificuldade que ela tem para se soltar e tirar a roupa.
Eu vou conversando e tirando a minha, fico só de lingerie vermelha, ela olha pra mim, vira as costas e se tranca no banheiro.
Nesse meio tempo o marido se levanta me agarra e começa a se esfregar em mim, eu fico com medo da reação dela e peço para ele me soltar.
Ela sai do banheiro e ele me solta assustado e cai na cama que fica diretamente no chão (estilo oriental).
Eu tento descontrair e peço com jeitinho para ela tirar a roupa pra ficarmos mais a vontade, ela resolve beber para se soltar, até hoje eu não atendi nenhum casal que a mulher não tivesse que beber para se soltar. Já estou acostumada com esse comportamento.
Ela abre uma cerveja e quer que eu beba também. Eu não aceito, já levo água em todos os meus programas, eu gosto de saber o que eu estou fazendo e também dirijo.
A mulher é tensa, e volta a me fazer perguntas do tipo: porque você faz isso?
A sua família sabe? Aff....eu odeio interrogatório! Mas fui educada e respondi o necessário sem dar detalhes.
O marido já meio sem paciência pede que ela tire a roupa e venha para a cama.
Ela abre outra cerveja e em voz alta grita, dizendo que não vai ficar pelada.
Ele deitado só de cueca e eu só de calcinha e sutiã de joelhos no beiral da cama, receosa eu peço delicadamente que ela deite com a gente. Me aproximo e tento um carinho, consigo visualizar uma calçola e um sutiã bem básico bege (nada contra a cor, eu gosto de bege, mas parecia peças surradas) nada atrativa. Ela não era bonita, tinha cabelos curtos e usava um óculos enorme. Mas nada disso me importava, eu sou bem desencanada e a cada dia que passa percebo que o mais importa é a malícia do momento, pois ninguém é perfeito e tesão é uma química que aflora independente da aparência.
Sei que é difícil explicar isso para uma mulher, mesmo assim eu tento com palavras e gestos de carinho.
SEM EXITO!
O marido percebe e levanta nervoso, resolve encher a banheira enquanto ela enche a cara de cerveja e me ignora.
Sem nenhum clima eu me levanto e me sinto perdida naquele ambiente pesado.
Ele nos convida para entrar na banheira na esperança de rolar algo.
Ela entra na banheira de roupa, bermuda preta e camiseta cinza.
Eu tiro a roupa, porque não vou molhar a minha lingerie, ele me estende a mão para que eu não escorregue.
Nesse momento a mulher surta e começa a gritar dizendo que ela pode cair e se esborrachar no chão!!! Agora a donzela da Dona Suzy ele tem que ajudar para não cair e se machucar!!!
Ele pede que ela CALE A BOCA!!!! E “eu” com medo de apanhar dela, penso que eu devo ir embora.
Ele me pede desculpas pois a sua esposa anda muito nervosa e ultimamente tem se exaltado com frequência.
Ela também se desculpa, mas começa a lavar a roupa suja da vida do casal, dizendo que ele era agressivo e que batia nela.
Ele fica muito nervoso, e grita para que ela CALE A BOCA!!!
Nesse momento eu me levanto e vou para a ducha, CHEGA!!! EU FUJO DE ENCRENCA! Eles continuam brigando e trocando ofensas.
Eu nem me arrumo direito pois tudo que eu mais quero é sair daquele ambiente.
Ele pega a carteira e me paga em dinheiro me pedindo muitas desculpas da mulher desequilibrada que ele arrumou. Nesse momento ela segura na maçaneta da porta da saída e diz: Suzy você fica porque eu vou pedir uma porção de batata frita.
Eu digo que eu não estou com fome e peço licença, pois já deu o meu horário e eu preciso ir embora.
Ela responde: Eu abro, mas só se você for embora com a gente.
Eu já nervosa altero o meu tom de voz e pergunto: VOCÊ ESTA LOUCA?! EU VOU PARA A MINHA CASA! POR FAVOR, ME DEIXA SAIR?!
Mas ela não sai, impede a passagem e fica olhando para a minha cara.
Ele cheio de ódio, explica que eu não sou amiguinha dela, sou uma profissional do sexo que recebeu para estar ali ouvindo tantas baboseiras e tolices.
Ele fica muito nervoso e arranca ela da porta e eu

finalmente consigo sair viva e sem nenhum arranhão.
Eu saio com o carro muito acelerado de tão nervosa e com medo que ela venha atrás de mim.
Qual foi o fim desse casal? Eu não sei! E eu não queria permanecer ali para saber.
CONCLUSÃO: casais com problemas tem que se resolverem primeiro, antes de chamar uma terceira pessoa. FICA A DICA!
Se eu fosse uma pessoa mais esquentada, ou dessas que não estão nem ai para a bagaça, esse programa poderia ter acabado muito mal.
Sinceramente, “ Ter me escolhido foi uma sorte”
Louca!
Suzy Vieira
Comentários